A Otoplastia consiste numa cirurgia corretiva para o caso de orelhas desfiguradas, salientes ou desproporcionais em relação à face. Essa cirurgia intervém na estética da orelha, mudando sua forma, posicionamento e proporção, prezando sempre pela manutenção do aspecto natural.

A intervenção cirúrgica, em geral com objetivo estritamente estético, pode também ter um caráter reparador, nos casos em que corrige má formações congênitas na estrutura das orelhas. Deformações provocadas por lesões também podem ser resolvidas pela Otoplastia. Nos casos em que a Otoplastia é apenas estética, a cirurgia busca remodelar orelhas com formas proeminentes, as famosas “orelhas de abano”, restabelecendo o equilíbrio e a proporção das orelhas em relação ao restante da face.

Além desses objetivos, a Otoplastia também serve para atacar e corrigir outros problemas nas orelhas. Por exemplo, a macrotia, condição em que as orelhas são exageradamente grandes. Outros casos incluem o de orelhas salientes, mas apenas quando não relacionadas à perda da audição, e o de resultados insatisfatórios de cirurgias anteriores.

Algumas recomendações dadas pelo médico cirurgião devem ser seguidas à risca, tanto antes quanto depois da operação, para evitar complicações como infecções e inflamações.

Previamente à cirurgia são necessários certos exames médicos e correspondente avaliação médica. Isso por vários motivos, entre eles a medicação utilizada, que pode precisar ser alterada conforme o organismo de cada paciente. Substâncias que aumentam a chance de sangramento, como aspirina e anti-inflamatórios, devem ser evitados antes da operação, bem como toxinas como as presentes no cigarro, pelo período especificado pelo profissional médico.

No período pós-operatório é necessário o uso de faixas por no mínimo um mês, a fim de evitar que as orelhas dobrem. As cicatrizes ficam ocultas nas dobras naturais ou na parte de trás da orelha. Os resultados tendem a se manifestar de forma rápida e duradoura, especialmente no caso da Otoplastia estética para orelhas “de abano”. Já nas cirurgias que envolvem uma reconstrução mais complexa e extensa das orelhas os resultados podem demorar um pouco mais para se tornarem visíveis.

Outras recomendações após a cirurgia incluem não submeter as regiões das incisões cirúrgicas a esforço excessivo, escoriação ou movimentos mais pesados. O uso de acessórios como brincos também é contraindicado durante o período de cicatrização. Em caso de manifestação de sintomas como dores no peito, dispneia ou arritmia cardíaca depois do procedimento, o atendimento médico deve ser procurado imediatamente.

Existem ainda outras dúvidas acerca da Otoplastia, e cumpre esclarecer algumas das perguntas feitas de maneira mais frequente aos cirurgiões plásticos. Por exemplo, muito se pergunta sobre a idade minima para realização do procedimento. Nesse sentido, é importante mencionar que crianças com menos de cinco anos não podem fazer a operação, pois é mais ou menos por essa idade que o crescimento do pavilhão auricular começa a se estabilizar, tornando a cartilagem passível de correção.

Também existem questionamentos relacionados ao tipo de anestesia. A depender do caso, a operação pode utilizar sedação local ou anestesia geral. Na Otoplastia estética para correção de “orelhas de abano” o objetivo é reduzir a cartilagem da concha, a maior e mais funda cavidade do ouvido externo, através do aumento da anti-hélice dentro da borda da orelha.